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Por: Aline Klug

Após o lateral-direito Maicon Campagnolo, que ainda faz parte do elenco do Brasil, pronunciar-se sobre a não liberação por parte do clube, após afastamento do mesmo há mais de um mês e alegar que o mesmo não havia efetuado pagamentos, a Rádio Universidade conversou com o advogado rubro-negro Márcio Valli. Na oportunidade, o profissional colocou o posicionamento do clube quanto ao assunto.

Em entrevista ao repórter Marcelo Prestes na tarde desta quarta-feira, Campagnolo afirmou que está há exatos 34 dias sem participar de atividades, sejam elas coletivas ou individuais, até mesmo no período de treinamentos em home office. Segundo Valli, a posição de não aproveitar o atleta foi, como afirmado por ele, opção do treinador Hemerson Maria.

O advogado ainda afirma que o clube teria tentado emprestar o atleta e ainda houve um diálogo com a comissão técnica para ver se o aproveitamento não seria realmente possível.

Liberação do atleta

De acordo o advogado, a rescisão do contrato ainda não foi assinada por conta de um erro na documentação. “Ocorre, em relação a liberação dele, que ele está mencionando que o Brasil não libera, não é exatamente dessa forma. Até porque no dia 13 foi feito um termo de rescisão do contrato dele, que acabou com um erro meu, tendo um deslize de valor menor, que pedi para ser refeito” afirmou Márcio.

Valli ainda afirma que o clube vem tentando negociações, porém os valores não poderão ser repassados integralmente ao atleta devido a crise financeira gerada pela pandemia, e ainda cita a queda no número de sócios, redução de cotas e problemas com patrocinadores.

Outro tópico abordado por Maicon em seu desabafo foi quanto aos valores pagos mensalmente, segundo ele, o Brasil teria pagado apenas o valor da Carteira de Trabalho nos meses anteriores, tendo direitos de imagem, por exemplo, ainda em pendência. O advogado rebate a acusação:

Ele tem um posicionamento dele em relação ao que é devido, mas o clube está remunerando e pagando, juntamente com a rescisão 100% das verbas. Em relação ao ponto dos salários que ele não recebeu, é bem simples, esse valor estava em conversa para que ele recebesse tudo junto e seguisse a vida dele” declarou Márcio, que ainda afirma que o único salário ainda não pago ao atleta foi que teve vencimento no dia dez deste mês e que nenhum funcionário do clube recebeu também.

O advogado afirma que o valor proposto pelo próprio atleta inicialmente, para deixar o clube, era de 1/3 do devido como entrada, mas o discurso mudou e o lateral pede 50% do valor à vista e o restante parcelado, o que não seria possível.

Para finalizar Valli declara que espera que o assunto se resolva o mais rápido e bem possível. “Se o atleta tem direito de receber, a gente não tem porque tentar reduzir ou forçar uma redução“.

Confira a entrevista com o advogado Márcio Valli