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Por: Aline Klug

Com o holofotes focados na volta do Campeonato Gaúcho e no início do Campeonato Brasileiro, certos assuntos foram deixados de lado quando se trata de assuntos além das quatro linhas. Nesta quarta-feira (23), um novo problema com salário relacionado ao Grêmio Esportivo Brasil voltou a ser pauta após algumas semanas de um julgamento em que o clube chegou a correr riscos de rebaixamento. Para falar sobre o assunto, a Rádio Universidade conversou com o lateral-direto, Maicon Campagnolo.

O atleta ainda tem contrato com o xavante, porém está afastado do grupo desde o início das atividades presenciais. Campagnolo chegou ao Bento Freitas neste ano e atuou em apenas uma oportunidade por conta de lesão. Segundo ele, a opção de rescisão de contrato partiu do novo treinador rubro-negro. “Sobre a opção deles de não me utilizar, o que chegou até mim foi que foi uma opção do Hemerson Maria, treinador, e fiquei muito surpreso pelo fato de nunca ter trabalhado com ele e de sequer ter me visto treinar presencialmente” afirmou o lateral, que complementa declarando que a decisão foi tomada quando o elenco ainda realizava atividades através de videoconferência.

Impasse

Ao manifestar-se através das redes sociais e também à entrevista, Maicon relatou problemas com o acerto quanto a rescisão de contrato com o clube por questões financeiras. “Situação extremamente incomoda e constrangedora que o clube vem me colocando” declarou o atleta.

Segundo ele, o Brasil não faz sua liberação por completa, sendo assim, o jogador precisa permanecer na cidade de Pelotas e não pode fechar com outra equipe. “Fazem 34 dias que o clube me impede de treinar, de fazer qualquer trabalho voltada ao futebol. Não estou tendo nenhuma condição de trabalho nesses 34 dias que me afastaram, nem com o grupo, nem separado” afirmou.

O lateral afirma que a última discussão sobre a rescisão ocorreu há, mais ou menos, dez dias atrás e na oportunidade foi o assunto debatido foi sobre valores. Ele declara que o clube “vem querendo fazer da forma dele” e que há valores pendentes quanto aos meses de abril e maio, onde somente o valor registrado na Carteira de Trabalho haveria sido pago.

Proposta

Campagnolo afirma que o clube sugeriu uma proposta, embasada em um acordo. Nesta condição o atleta abriria mão do valor integral de saída imediata, que segundo ele, a porcentagem oferecida era bem baixa se comparada aos 100% que teria direito, e então seria liberado. Em contraproposta o lateral declarou que abriria mão da metade deste valor ser pago integralmente, aceitaria receber a metade e o restante o clube poderia pagar parcelado.

Na ocasião a proposta do jogador não foi aceita, e segundo Maicon, em uma conversa recente, o presidente do Brasil teria mandado o atleta acionar a justiça. “Ontem eu ouvi do Ricardinho que se, de fato, eu não aceitasse o que eles tinham para fazer, era pra mim procurar a justiça” declarou ele e relembrou a recente situação onde o clube foi julgado por motivos semelhantes após ser processado por três atletas que integraram o elenco rubro-negro no Campeonato Brasileiro do ano passado.

Imagem: Victor Lannes