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Projeto, intitulado “Enfrentamento”, faz parte do Mapa de Oportunidades, que integra o eixo de Prevenção Social do Pacto Pelotas pela Paz, com atividades que envolvem produção de salgados e artesanato

Teve início, nesta segunda-feira (24), o novo curso do Mapa de Oportunidades, projeto intitulado Enfrentamento, que integra o eixo de Prevenção do Pacto Pelotas pela Paz, dentro da política pública da Prefeitura. Desta vez, a capacitação é direcionada a mulheres em situação de violência, identificadas pelo Município e encaminhadas pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. Nesta edição, serão oferecidas duas modalidades: produção de salgados e artesanato. A primeira aula ocorreu no Restaurante Cavalo Branco, no Mercado Central.

O coordenador do Mapa, professor Gilnei Brauner, explicou que a modalidade de produção de salgados foi criada com intuito de fazer com que as participantes iniciem no ramo e, aos poucos, façam conexões que vão gerar um trabalho sólido e, consequentemente, renda. O mesmo vale para o artesanato. No final do curso, além de receber um certificado, as mulheres terão a possibilidade de ter uma carteira profissional de artesã, confeccionada pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda do RS (FGTAS/Sine), a qual viabiliza a aquisição de materiais mais acessíveis, além da participação em feiras e exposições.

A ideia é que vocês consigam, dentro de suas casas, ter independência financeira. Apesar do processo ser devagar, temos muitas oportunidades esperando por vocês. É um curso muito rico, com muitas experiências”, frisou Brauner às participantes.

A ideia do projeto Mapa de Oportunidades, conforme ressaltou durante a abertura do curso a coordenadora executiva do Pacto Pelotas pela Paz, Aline Crochemore, é ampliar o atendimento, para além dos jovens, e direcioná-lo a mulheres em situação de violência, “desenvolvendo possibilidades de construção de autonomia financeira, por meio do acolhimento e novas conexões”. Já a coordenadora do Centro de Referência da Mulher, Paola Fernandes, destacou que os cursos visam criar novas perspectivas de vida, além de ampliar horizontes. 

Também participaram da ocasião a assistente social da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, Ana Paula Santos, o proprietário do Restaurante Cavalo Branco e responsável pela modalidade de produção de salgados, Rogério Barreto de Paula, e a artesã Tânia Furtado, que irá ministrar as aulas de artesanato. 

Na última edição da iniciativa, no início deste mês, foram ofertadas aulas de gastronomia, descrição e composição de pratos, serviços de garçom e hotelaria para 15 pessoas, sendo seis imigrantes e nove mulheres assistidas pelos serviços da rede assistencial. Para fevereiro, está programada a execução do projeto Escalada, direcionado a jovens aprendizes, e o Esperança, destinado a Monitorandos e Egressos do sistema prisional, com data ainda a ser definida.

Sobre o projeto

O Mapa de Oportunidades propõe-se a captar, organizar e georreferenciar vagas em diversas modalidades: culturais, educativas, esportivas, programas de aprendizagem e de trabalho de forma a agregar variadas possibilidades e atingir expectativas e potencialidades de grupos com risco e em situação de vulnerabilidade, atendendo aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS 10), que trata da redução das desigualdades.

Através dos programas do eixo de Prevenção do Pacto Pelotas Pela Paz, foram identificados os segmentos a serem trabalhados, inicialmente, voltados aos migrantes, mulheres em situação de violência, jovens em vulnerabilidade social e egressos do Sistema Prisional. As vagas são captadas em parcerias no âmbito público, privado, sociedade civil organizada e voluntários. 

Atualmente, as oportunidades encontram-se em processo de rearticulação com os parceiros: Restaurante Cavalo Branco, hotéis, bares, restaurantes, Faculdade Anhanguera, FGTAS/Sine, Instituto Geral de Perícias (IGP), Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), Delegacia da Receita Federal e as secretarias municipais de Assistência Social e de Habitação e Regularização Fundiária.

Por Marina Amaral