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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) divulgou, na semana passada, a aprovação da parte gráfica do projeto de Restauro do Museu Parque da Baronesa, contemplado pelo governo federal para dispor de R$ 1,84 milhão a serem aplicados nessa que deve ser a maior intervenção já realizada naquele espaço. Engenheira da Secretaria de Cultura (Secult), Gisela Frattini disse que a previsão da Prefeitura de Pelotas é entrar com o processo licitatório junto à Procuradoria Geral do Município (PGM) no mês de maio, após concluída a análise da Caixa Econômica Federal, que fará a fiscalização da obra.

O projeto de Pelotas foi um dos 46 selecionados em todo o país, em 2019, entre 334 habilitados, de um total de 1.323 projetos inscritos. O recurso é do Fundo de Defesa de Direitos Difusos, vinculado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem 1% de contrapartida da Prefeitura (R$ 18.390,69). Uma vez iniciada, a obra deve ser executada em 12 meses.

O projeto foi realizado em conjunto por equipes da Secretaria de Cultura (Secult) e do Museu da Baronesa e prevê a recuperação de infiltrações, paredes com trincas e pisos desnivelados. Também inclui ações de conscientização junto à comunidade sobre a importância da conservação e preservação dos bens culturais da cidade.

Essa verba chega em boa hora, porque o Museu da Baronesa necessita, com urgência, de uma intervenção mais completa. A comunidade deve lembrar que, por vários momentos, foi preciso fechar suas portas para uma reforma ou tivemos salas com restrições de visitação. A casa tem mais de 150 anos e, quando foi construída, foi pensada para servir uma família, mas suponho que não deva ter passado pela cabeça dos barões que esse patrimônio seria herdado pela cidade para a fruição de todas as pessoas”, pondera a diretora do Museu da Baronesa Fabiane Rodrigues Moraes. 

Fabiane diz que o restauro certamente “vai trazer um fôlego para a casa, para seus pisos de madeira, seus ladrilhos, para o telhado. Mas somente uma ação integrada, com ações de conscientização da comunidade para reduzir os atos de vandalismo, é que poderá oferecer resultados duradouros”. 

Trata-se de um projeto de restauração quase completo, que também prevê a instalação de copa e sanitários de apoio ao salão de festas, rampa acessível para pessoas com deficiência (PcDs) e restauração das estátuas em faiança. Só não contempla a parte de iluminação”, complementa o arquiteto Fábio Caetano, da Secult, que integrou a equipe que desenvolveu o projeto e assinou sua autoria.