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Mais um decreto coletivo de situação de emergência, envolvendo 36 eventos climáticos que atingiram municípios em decorrência das fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul, foi assinado pelo governador José Ivo Sartori, nesta quinta-feira (22), no Palácio Piratini.
O decreto classifica os municípios por evento, podendo ocorrer a repetição de cidades, como foi o caso de São Jerônimo, na Região do Delta do Jacuí. Considerando o decreto anterior, ainda neste mês, que abrangeu 26 cidades, até o momento 62 ocorrências colocaram 61 municípios em situação de emergência. O decreto assinado é válido por seis meses, e os municípios têm prazo de dez dias para apresentar relatórios de danos.
Sartori considerou a situação como “desespero climático”, uma vez que apenas a Região Noroeste foi levemente afetada. “Todas as demais regiões do RS foram duramente castigadas. Nossa primeira ação é voltada para as pessoas. Estamos trabalhando incansavelmente no processo de ajuda humanitária, para então passarmos para a fase de recuperação”, esclareceu.
De acordo com o chefe da Casa Militar e responsável pela Defesa Civil estadual, tenente-coronel Everton Oltramari, a primeira fase do processo, que é a de ajuda humanitária, vem sendo trabalhada com a União através do Ministério da Integração e com as prefeituras. Eestão sendo liberados materiais de construção, kits de higiene e limpeza, água potável, alimentos não perecíveis e, especialmente, assistência técnica nos processos das prefeituras enquadradas em situação de emergência, para que possam receber os recursos necessários para a fase seguinte, que é a de recuperação. A nova fase permite com que os atingidos possam acessar programas como Bolsa Família, liberação de recursos do FGTS e refinanciamentos envolvendo a produção.
Oltramari explicou que o Ministério da Integração está buscando, juntamente com o governo estadual, uma solução legal para que municípios maiores, como Canoas, Pelotas e Porto Alegre, que não se enquadram nas normas vigentes, possam também possam ser auxiliadas em seus processos de recuperação diante das intempéries.
Conforme o último boletim divulgado pela Defesa Civil Estadual, o Rio Grande do Sul tem 124 municípios afetados, 37.808 residências danificadas, 6.205 famílias desalojadas e 1.283 famílias desabrigadas. O total de pessoas atingidas é de 158.793.
Defesa Civil mantém o alerta de chuvas
Os temporais que têm causado estragos no Rio Grande do Sul não devem parar nesta semana. Conforme previsão do Centro de Monitoramento da Defesa Civil estadual, há risco de chuva forte e queda de granizo nos próximos dias na metade norte do Estado, abrangendo as regiões Norte, Noroeste, Missões, Serra e Centro.
O motivo da instabilidade é uma frente fria que está parada entre o norte gaúcho e Santa Catarina. Além disso, há uma área de baixa pressão no Paraguai, o que também contribui para a formação de fortes precipitações no Estado. Problemas ou situações de risco podem ser informados através do telefone de emergência 199.
Municípios em situação de emergência incluídos no decreto coletivo:
Arroio do Meio
Amaral Ferrador
Arambaré
Bom Princípio
Cacequi
Cachoeirinha
Candelária
Caraá
Cristal
Dom Feliciano
Dom Pedrito
Faxinal do Soturno
Gramado Xavier
Ibarama
Ibirapuitã
Jaguari
Jaguari
Jari
Lagoa Bonita do Sul
Nova Santa Rita
Passa Sete
Passo do Sobrado
Restinga Seca
Restinga Seca
Rio Pardo
Rio Pardo
Santa Tereza
Santana Livramento
São Francisco de Assis
São Jerônimo
São José do Norte
São Lourenço do Sul
São Martinho da Serra
São Vicente do Sul
Sapucaia do Sul
Sobradinho
Taquara
Uruguaiana
Vera Cruz
Texto: Anamaria Bessil/Palácio Piratini
Edição: Cristina Lac/Secom