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As exportações gaúchas representaram quase 10% do total vendido pelo Brasil ao mercado internacional em julho, fechando o mês em terceiro lugar no ranking nacional. O Rio Grande do Sul ficou atrás de São Paulo e Minas Gerais e à frente do Paraná e do Rio de Janeiro. Mesmo com redução no valor exportado, o Estado ganhou uma posição em comparação a julho do ano passado. Os dados foram divulgados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) nesta quinta-feira (27).
Em julho, as exportações gaúchas somaram US$ 1,8 bilhão, 9,8% menos em relação ao mesmo mês de 2014, apesar do crescimento de mais de 8% em volume embarcado. Essa retração se explica pela redução dos preços dos produtos exportados em 17%. “O Rio Grande do Sul está exportando mais. Na agropecuária, o volume cresceu quase 30% em julho em comparação ao ano passado. Só que o preço está menor, fundamentalmente por causa da queda dos preços das commodities internacionais, já que a pauta exportadora gaúcha é muito concentrada nos produtos primários. Em função disso, a receita em dólar cai”, explica o pesquisador em Economia da FEE Tomás Torezani.
Registrou-se em julho crescimento no valor das exportações da agropecuária, mas perda de participação da indústria de transformação. “A indústria é o setor mais representativo do Estado, mas perdeu participação nas exportações totais, saindo de 66,2%, em julho de 2014, para 62,3% em julho deste ano. O crescimento de 1,1% do volume embarcado para o exterior em 2015 não foi suficiente para compensar a redução do valor exportado”, analisa Tomás.
O destaque do mês, que colaborou para que o RS fechasse julho como terceiro maior estado exportador, é o desempenho da soja em grão. Segundo o pesquisador da FEE, o grão foi o principal produto exportado da agropecuária, representando quase 98% das exportações do setor. A oleaginosa teve o melhor desempenho de julho desde, pelo menos, 2002, tanto em valor exportado quanto em toneladas embarcadas.
Os principais países de destino dos produtos gaúchos em julho foram China, Estados Unidos, Argentina, Vietnã e Venezuela, que, juntos, responderam por mais de 50% de todo o valor exportado pelo Estado.

Confira os dados da FEE:bayas-soja-estudio-muy-cerca-cuesta
Texto: Gisele Reginato/Ascom-FEE
Edição: Rui Felten/CCom