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O governador José Ivo Sartori reuniu, nesta segunda-feira (31), os presidentes dos maiores partidos que compõem a base de apoio do governo na Assembleia Legislativa e secretários de Estado para compartilhar dados sobre o fechamento das contas públicas de agosto e projetar os próximos meses. O encontro ocorreu logo após o anúncio da indisponibilidade de recursos para o pagamento integral da folha do Poder Executivo, que tem calendário em até quatro datas.
“Passamos por um momento muito difícil, mas sabemos onde queremos chegar. As iniciativas internas adotadas pelo governo desde o início do ano e as que foram enviadas para a Assembleia não são projetos deste governo apenas. Fazem parte de um esforço para a melhoria do futuro de todo o Estado”, disse o governador. Além dos projetos já encaminhados, nesta segunda-feira também foi anunciado o envio da autorização para saque de depósitos judiciais até o limite de 95%. “Esta é uma medida paliativa, mas necessária”, repetiu o governador aos secretários e presidentes de partidos, após ter feito a afirmação já no início da manhã.
O governador pediu empenho de todos para conversar com os colegas de secretarias, de partidos, nas bases e nas bancadas da Assembleia para um esforço concentrado visando à compreensão e aprovação das medidas do governo. Nos próximos dias, as equipes devem intensificar uma série de encontros para tratar dos projetos que estão no Legislativo e de novas iniciativas que devem ser apresentadas em breve.
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, apresentou um quadro sobre o fechamento das contas de agosto, mês que teve receita líquida em R$ 100 milhões abaixo da projeção e que ficaram pendentes de pagamento valores no total de R$ 540,7 milhões. Entre os compromissos não quitados estão, por exemplo, a dívida com a União, o aluguel social, o Programa RS Mais Igual e o transporte escolar. Para pagar neste dia 31 o valor de R$ 600,00 para os servidores do Executivo, o governo não deve honrar compromissos previstos para o início de setembro, como a dívida com a União e ainda resta um total de R$ 1,6 bilhão em despesas em aberto nesse período.

Texto: Angela Bortolotto/ Casa Civil
Edição: Léa Aragón/CCom