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Por: Aline Klug

Com o encerramento das inscrições de atletas para atuarem no restante do Campeonato Brasileiro da Série B na tarde de segunda-feira (7), o Brasil precisou correr pra regularizar seus atletas que chegaram recentemente. Além dos atacantes Matheuzinho, que já estreou diante do Cruzeiro e Wellissol, já apresentado pelo clube, o Xavante ainda contaria com outro reforço para o setor ofensivo, Alison Mira, que viria por empréstimo pela equipe do Joinville. O jogador já estava na cidade, realizando exames, porém o clube desistiu do acerto, para surpresa dele e de seu empresário.

Em entrevista ao Lance Rápido, o vice-presidente rubro-negro, Giovani Alcântara, confirmou que o atleta está em Pelotas, mas que não permaneceria. Segundo ele, o clube optou pela liberação por conta do atacante, neste ano, ter sido contratado por três diferentes clubes.

Foi mais uma questão de cautela do clube, para não fazer uma contratação irregular ou uma inscrição irregular, do que algum outro problema. O atleta até está em Pelotas, mas ai surgiu essa questão e na hora de fazer a inscrição dele, o Brasil optou por não fazer antes de um parecer conclusivo, e como hoje [segunda-feira] é o último dia realmente ficou complicado obter informações mais precisas” argumentou o dirigente.

Mira fez parte do plantel de Novo Hamburgo, no início do ano, onde disputou o Campeonato Gaúcho e também a Copa do Brasil. Após, seguiu ao Manaus, onde não foi relacionado para nenhuma partida e atualmente atuava pelo Joinville, onde disputou a Série D.

Defesa do atleta

Para entender o lado do atacante, o empresário, Rodrigo Fernandes, também foi contatado pela Rádio Universidade. Em entrevista, o profissional defendeu que Alison poderia atuar pelo Brasil segundo a Confederação Brasileira de Futebol e mostrou-se surpreso diante da postura do clube.

O Brasil de forma bem conservadora não quis colocar o atleta junto ao clube, não quis dar segmento na contratação, porque julgou que o atleta já tinha feito três transferências no ano. Porém, a CBF, divulgou uma carta para todos clubes e está disponível para qualquer cidadão, onde explica que o atleta pode jogar por vários clubes, em três competições nacionais no ano, aquelas organizadas pela CBF. Competições estaduais, não contam como competição nacional” explicou. Segundo ele, a empresa responsável pela carreira do jogador consultou vários advogados, assim como a Federação Gaúcha de Futebol, para melhores informações sobre a situação e todos responderam favoravelmente.

Rodrigo ainda afirma que a direção rubro-negra tinha conhecimento da legitimidade na contratação do atleta, mas mesmo assim optou pelo descarte do jogador. “Infelizmente o Brasil de Pelotas teve esse entendimento, achou que seria uma situação que iria prejudicar o clube, mesmo a gente mostrando todo esse documentário falando que não teria problema, mas eles optaram por tomar essa atitude, que sinceramente para nós foi surreal, se tratando da grandeza do Brasil” argumentou.

Com o prazo das inscrições finalizado, Mira voltará para o Joinville, onde deve atuar no Campeonato Catarinense 2021, já que a equipe não conquistou a classificação para a segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro.

Foto: Vitor Forcellini/JEC