AO VIVO

Por: Aline Klug

A saída ‘misteriosa’ de Hemerson Maria do comando do Brasil segue sendo pauta. O clube agora está no mercado visando reposição à casamata e mantém sigilo quanto aos motivos do pedido de dispensa do treinador. Para esclarecer alguns destes assuntos, a Rádio Universidade conversou com o atual presidente rubro-negro, Ricardo Fonseca.

A saída do treinador que estava a frente do Brasil deste a volta das atividades pós pandemia, comunicada pelo clube na manhã de quarta-feira, gerou espanto em muitas pessoas, inclusive na direção. “Fomos pegos de surpresa com a saída do Hemerson ontem” declarou o presidente em atividade.

Como já havia sido revelado pelo executivo de futebol do clube, Felipe Gil, a decisão teria partido do próprio técnico, unilateralmente, porém os motivos seguem em sigilo, segundo Ricardinho, para ‘concluir o assunto o mais rápido possível’. “Isso é de autonomia nossa, são problemas internos nosso. O que nós conversamos,oque a gente debateu e o próprio pedido de demissão dele. Isso é para isso não se esticar” afirmou.

Algumas especulações sobre problemas dentro do vestiário ou atrasos salariais foram colocados na roda e ambos foram descartados pelo presidente. “Vestiário muito harmônico, muto construtivo, trabalhador. [..] É um vestiário forte, que está todo mundo unido em prol para que o Brasil possa fazer uma boa campanha na Série B” declarou. Sobre problemas financeiros, afirmou que está tudo dentro da normalidade: “Não está em dia, mas mas está a praticamente poucos dias“.

Novos nomes

Virada a página, e com a delegação já em Vitória, visando o confronto de sexta-feira, os dirigentes se voltam a nomes para o cargo principal da casamata. “Estamos sim à procura, estamos pesquisando. Eu e o Felipe Gil estamos em cima dessa situação para que possamos escolher da melhor forma possível um comandante para o Brasil” comenta Fonseca.

Alguns nomes já começam a ser pontuados, como Cláudio Tencatti, este que assumiu interesse de ambas as partes em março, quando o Brasil optou pela contratação de Hemerson Maria. Questionado sobre o assunto, Ricardinho desconversa. “É um nome forte, o Itamar [Schulle] foi um nome que também conversamos na época, então tem vários nomes que podem acabar treinando o Brasil” diz.

Sem tempo para trabalho

Em um ano atípico, calendário apertado e viagens longas, o tempo de adaptação e implementação de um novo trabalhado no elenco xavante será um desafio.

Logo, o principal requisito de escolha é quanto a conhecimento, de elenco e competição. “Vamos contratar um treinador que conheça a competição, que tenha um perfil do clube, que conheça os jogos do Brasil e que tenha olhado os jogos do Brasil” assinala o presidente rubro-negro.

Visando a situação interna, o presidente minimiza explicando aos rubro-negros que trata-se de um problema típico do esporte. “O torcedor tem que ficar tranquilo isso é coisa que acontece no futebol, muitas vezes ele não sabe o que acontece dentro do clube” finaliza.

O Brasil entra em campo amanhã, sexta-feira (30), quando visita o Vitória, no Barradão, às 19:15. Neste momento o xavante é o 15º colocado na tabela de classificação, já seu adversário está na 14ª posição, com a mesma pontuação. Na oportunidade o auxiliar técnico da comissão permanente, Cirilo, irá comandar a equipe.

Foto: Victor Lannes