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Execução do projeto deve levar cerca de 18 meses, prorrogáveis por mais 12 meses, sendo que a obra deve iniciar em 2020, após processo licitatório

 

Foto: Reprodução/Michel Corvello/Arquivo Ascom
Uma boa notícia para a cultura de Pelotas e região. O Museu da Baronesa receberá mais de R$ 1,8 milhão em recursos para restauro integral de sua infraestrutura. A verba, oriunda do Fundo de Defesa de Direitos Difusos – vinculado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública -, foi disputada pelo município em seleção com mais de 1.323 projetos inscritos. Destes, 334 foram habilitados para concorrer ao capital disponível e apenas 46 foram selecionados para receber o dinheiro, o que inclui Pelotas. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (11).
No projeto montado pela Prefeitura, através da Secretaria de Cultura (Secult), em conjunto com a equipe técnica do Museu, e inscrito na Plataforma Brasil+, do Ministério da Justiça, estão previstos a recuperação de infiltrações, paredes com trincas e os pisos desnivelados. Também serão realizadas junto à comunidade, ações de conscientização sobre a importância da conservação e preservação dos bens culturais da cidade.
“O investimento na nossa história é importantíssimo para Pelotas. Isso reflete no turismo, na cultura, na educação e no desenvolvimento econômico, gerando mais oportunidades. É uma ótima notícia para a nossa cidade, que desde o ano passado é reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro”, celebra a prefeita Paula Mascarenhas.
Conforme o secretário de Cultura, Giorgio Ronna, é de extrema relevância a conquista de recursos através de editais e convênios com outras esferas, como este fundo do Governo Federal. “Conseguimos recentemente qualificar muito o Museu da Baronesa, através de prêmios e parcerias. Desta vez garantimos a maior intervenção da história do espaço cultural, garantindo por muitas décadas a integridade da edificação e seu acervo”.

O projeto

O valor total da obra de requalificação será de R$ 1.892.929,36, sendo que a Prefeitura dará contrapartida de 1%, o que equivale a R$ 18.929,29. Conforme a diretora do Museu, Fabiane Rodrigues Moraes, a execução do projeto deve levar cerca de 18 meses, prorrogáveis por mais 12 meses, sendo que a obra deve iniciar em 2020, após processo licitatório. Sobre a conservação do acervo durante as obras, ela explica que está sendo analisada a melhor forma de acomodar as peças. “A princípio, a previsão é guardar os itens em contêineres climatizados, com revestimento térmico”, explica.

O Museu

Recentemente, a ala dos quartos do Museu da Baronesa passou por reforma, com a recuperação da parte elétrica, infiltrações no telhado e rachaduras nas paredes corrigidas, colocado um novo reboco onde havia problemas e, para finalizar, recebeu uma nova pintura. Construída em 1863, a antiga Chácara da Baronesa foi residência dos Barões dos Três Serros: Annibal e Amélia Hartley Antunes Maciel, primeira das três gerações que residiram na casa. Após a restauração do parque e do solar, o Museu foi inaugurado em 25 de abril de 1982 e, em 1985, foi tombado como patrimônio histórico municipal.

O Fundo

O Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) é um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Foi criado em 1988 para gerir os recursos procedentes das multas e condenações judiciais e danos ao consumidor, entre outros. Para 2019, o Fundo dispõe de R$ 714 milhões para financiar os projetos. Esses recursos são utilizados para financiar iniciativas de órgãos públicos e entidades civis que visem a reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos.
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Fonte: Daiane Santos/Ascom