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Por Renan Santos

Em um jogo truncado neste sábado (17), o Brasil empatou em 0 a 0 contra o Figueirense. A partida foi equilibrada, o time de Hemerson Maria teve maior controle das ações e ocupou bem os espaços, mas sem efetividade. Contra um adversário que vinha com 20 desfalques entre o grupo de atletas e com membros da comissão técnica também fora por Covid-19, o xavante não conseguiu ser eficiente e desperdiçou dois pontos. Embora tenha permanecido com uma distância segura da zona de rebaixamento, o resultado foi bastante ruim para as pretensões do time no campeonato e pela sequência das rodadas. Além disso, o nível da atuação rubro-negra esteve abaixo do esperado.

O jogo em si foi equilibrado. O Figueirense começou com mais intensidade, compensando com muita vontade os inúmeros desfalques e pressionando o Brasil. Entretanto, no decorrer do primeiro tempo, o xavante começou a controlar as ações do jogo e estabeleceu o panorama da partida . O rubro-negro passou a ocupar mais o campo ofensivo, com um bom trabalho na posse. Porém, o time catarinense estava bem postado e dificultou as jogadas trabalhadas pelo meio, o que fez com que o time fosse pouco produtivo no primeiro tempo. A melhor chance veio com o volante Pablo, que estreou bem, e exigiu uma defesa importante do goleiro Sidão.

No segundo tempo, o Brasil teve uma leve melhora em relação a si mesmo. Foi pouco ameaçado, o Figueirense não esboçou contra-ataques mais efetivos também. O melhor momento do xavante na partida foi quando Hemerson Maria mudou a configuração tática da equipe. Ele apostou nas entradas de Delatorre e Gabriel Poveda nas vagas de Luiz Henrique e do estreante Thalles e o Brasil passou a atuar com quatro atacantes em um 4-2-4. Jarro acabou caindo pelo lado direito, Danilo Gomes pela esquerda e Delatorre e Gabriel Poveda mais avançados, como homens de referência.

A partir deste movimento, o Brasil teve mais profundidade e criou um pouco mais. Esta configuração ainda gerou um gol que foi mal anulado pelo árbitro da partida. Após cruzamento na área, Sidão afastou mal e Gabriel Poveda levou a melhor contra o defensor do Figueirense e botou a bola pra rede. O assistente marcou falta e o árbitro anulou o gol xavante. As imagens não mostraram infração. Errou o juiz.

Apesar do erro de arbitragem, o Brasil não teve uma boa atuação e não mereceu vencer. Foi pouco efetivo, não criou tantas chances de gol e faltou qualidade na movimentação ofensiva e acerto técnico para superar as bem postadas linhas defensivas do Figueirense. No meio-campo, o volante Pablo fez boa estreia. Conseguiu substituir bem Sousa, que estava suspenso e mostrou que pode ser uma opção para Hemerson Maria. Se credenciou com bons passes e muita força e intensidade na marcação no meio-campo. O outro estreante, Thalles, esteve apagado. O sistema defensivo do Figueirense, que marcou muito bem o corredor central de ataque xavante, dificultou as ações do meia, que contribuiu com poucos passes e se desgastou bastante na marcação na saída de bola. No final da partida, o atacante Bruno José entrou e criou uma chance pelo lado esquerdo, mas teve uma amostragem de tempo pequena para avaliações mais profundas.

O Brasil desperdiçou dois pontos, porque não conseguiu vencer uma equipe que vinha com 20 desfalques no grupo de jogadores e com a comissão técnica desmantelada. Após uma semana cheia de trabalho, o time teve dificuldades e fez um ponto em um jogo plenamente vencível. A tabela de classificação mostra a equipe em uma condição segura, em 14º lugar, com quatro pontos de distância da zona de rebaixamento. Mas, a próxima sequência de jogos aponta grandes dificuldades para o time de Hemerson Maria.

O xavante enfrenta o América Mineiro de Lisca já na próxima terça-feira, em Belo Horizonte. Depois, retorna a Pelotas para enfrentar o CSA, na sexta-feira. Dois confrontos difíceis pela questão técnica pelo desgaste das viagens em um curto intervalo de tempo. Para encarar estas rodadas com mais tranquilidade, era necessário ter vencido o Figueirense. Um triunfo contra o alvinegro da Ilha da Magia colocaria o Brasil na 12ª posição, com seis pontos de vantagem para o Z4. O rubro-negro desperdiçou dois pontos em Pelotas.