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Por: Renan Santos

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcou para a próxima quinta-feira (4) o julgamento do Brasil nas ações movidas pelo goleiro Cléber Alves, pelo lateral-esquerdo Pará e pelo meia Murilo Rangel. Os atletas acionaram o clube na justiça em virtude dos salários atrasados na temporada passada. Em entrevista ao programa Lance Rápido, o advogado do clube, Márcio Valli, explicou que o clube já possui acerto com os jogadores e aguarda apenas a resolução de trâmites burocráticos na Caixa Econômica Federal para encerrar a questão.

A denúncia realizada pelos atletas tem como base os artigos 114 do regulamento geral de competições/CBF e o artigo 17 do regulamento específico da Série B e o artigo. 191 do código brasileiro de justiça desportiva (CBJD). Uma das punições cabíveis em razão do descumprimento do fair play financeiro seria a perda de pontos e, consequentemente, o rebaixamento para a Série C. Entretanto, esta possibilidade já foi descartada pelos juristas do clube, que já realizaram acordos com os jogadores e, até mesmo, o depósito das quantias acertadas. “Estamos confiantes. Já chegamos a acertos com os atletas e cumprimos os acordos. As únicas dificuldades são dos jogadores sacarem o fundo de garantia, em função do momento que vivemos. O eventual atraso não é da responsabilidade do Brasil, já conversamos com a Caixa. São detalhes burocráticos que não devem interferir no resultado do processo”, explicou Márcio.

Com os depósitos já repassados, o que impede os atletas de receberem os valores são problemas no sistema do banco. Em decorrência do acesso ao auxílio emergencial, a plataforma da Caixa apresenta falhas, que impossibilitam o acesso às quantias. “Uma vez feita a rescisão e o depósito do valor, a Caixa libera uma chave para que possam ser efetuados os saques. Da parte do Brasil, todos estão quitados, está tudo certo. O que ocorreu foi essa questão dos atletas terem dificuldade de acessar os pagamentos”, destacou.

A outra parte interessada, o Londrina, acompanha todos os desdobramentos do caso. Uma eventual perda de pontos por parte do Brasil rebaixaria a equipe rubro-negra para a Série C e recolocaria o time paranaense na Série B, divisão na qual foi rebaixado em 2019. “É um direito do Londrina se posicionar desta forma e contribuir com a ação. No entanto, o Brasil fez a sua parte e está tudo quitado”, pontuou.