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O trecho da Ferrovia Norte-Sul que cruza o Rio Grande do Sul está definido. O orçamento estimado para o traçado, entre Chapecó (SC) e o Porto de Rio Grande, que abrange 833 quilômetros, é de R$ 8,7 bilhões. O trecho gaúcho deverá passar por 29 municípios, entre eles Seberi, Palmeira das Missões, Panambi, Cruz Alta, Júlio de Castilhos, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Cristal e Rio Grande.
A garantia foi dada pelo ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, durante o evento de apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Ferrovia Norte-Sul, nesta sexta-feira (21), na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). O encontro foi promovido pela bancada federal gaúcha em parceria com a Fiergs. O secretário dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, foi o representante do governo do Estado na reunião.
Elaborado pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A, empresa estatal vinculada ao Ministério dos Transportes, o EVTEA indicou como referência a passagem da ferrovia por 82 municípios em quatro estados (oito em São Paulo; 31 no Paraná; 14 em Santa Catarina e 29 no Rio Grande do Sul). A extensão total prevista é de 1.731 quilômetros.
Para as lideranças políticas e industriais do Estado, o trecho ferroviário será uma nova opção de transporte para a região, principalmente para o escoamento de safras agrícolas e demais produtos em direção aos portos do sul do Brasil, em especial o de Rio Grande, e também para os portos do sudeste, por meio de conexão com a malha ferroviária existente.
Westphalen agradeceu a atenção do ministro e de suas equipes com o Rio Grande do Sul e defendeu o início da obra pela Região Sul. O secretário ainda destacou a mobilização em torno do tema entre as bancadas do Sul com o governo federal: “Temos um projeto muito abrangente de concessões ferroviárias e rodoviárias e devemos nos unir”.
Ao final do encontro, Westphalen se disse otimista sobre os próximos passos para a implantação do projeto. “A decisão da ferrovia está tomada e agora estamos em busca de investidores para viabilizá-la. A vinda do ministro consolida e dá um novo patamar para essa nova fase da ferrovia, que trará a intermodalidade necessária para o Estado diminuir os custos logísticos”.
Texto: Julia Machado/STM
Edição: Cristina Lac/CCom