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No mundo moderno, quase tudo é programado. Do micro-ondas ao carro, da televisão ao satélite. Entender a linguagem de programação além de ser útil pode ser o passaporte para inúmeras possibilidades. Para apresentar algumas das oportunidades da programação, um evento na Universidade Católica de Pelotas (UCPel) ocorre nos dias 10 e 11 de fevereiro e terá como público mulheres.

O Rails Girls já é tradicional em diversas cidades do mundo, mas no interior do Rio Grande do Sul será a primeira vez em que o evento irá ocorrer. Além de promover o empoderamento das mulheres, a iniciativa encabeçada pela estudante do curso de Engenharia de Computação da Católica, Thayna de Oliveira, pretende também mostrar que programar não tem haver com monte de letras e números estranhos em um fundo preto, mas sim em criar ferramentas que facilitam a vida e que sejam úteis para outras pessoas.

126 mulheres se interessaram pela oportunidade e concorreram para ficar com uma das 35 vagas. A maioria, com idades entre 20 e 26 anos. As selecionadas terão a oportunidade de entender como funciona uma página de web ‘por dentro’. “A intenção é que elas vejam suas ideias rodando em um servidor na internet, e que também conheçam ferramentas importantes para usarem caso queiram continuar aprendendo sozinhas”, comenta.

Para que o compartilhamento de ideias ocorra, os ministrantes do curso serão de empresas com atuação em diversos locais do mundo, como a ThoughtWorks (possui escritórios no mundo todo e uma universidade na Índia), Serenata de Amor (robô que denuncia corrupção na Câmara de Deputados), Resultados Digitais (empresa top 10 entre as startups para se trabalhar no Brasil), da Globo.com (site de notícias e entretenimento), Fauna (empresa do ramo de banco de dados Americana), Zipmark (empresa que desenvolve soluções para o Bank of America), WeHeartIt (representada pelo pelotense Felipe Giusti) e da RBS.

Todo o evento será patrocinado por empresas de fora, como São Paulo, Estados Unidos e Inglaterra. “Algumas das empresas de tecnologia de Pelotas que eu conversei inicialmente não quiseram apoiar o evento porque era para mulheres. Por isso eu tive que ir buscar investimento de fora”, conta. Conforme a acadêmica, é muito importante que as empresas da região se conscientizem da importância de apoiar e fomentar o ingresso das mulheres na área da tecnologia. “Caso contrário elas vão buscar empregos fora daqui” avalia.

O Rails Girls Pelotas tem o patrocínio das empresas Globo.com, Technically Speaking, ThoughtWorks, Seprorgs, Github, Extremo Sul e IPv7. Mais informações sobre a iniciativa também estão disponíveis na página do Facebook https://www.facebook.com/railsgirlspelotas/ e através do site http://railsgirls.com/pelotas .