AO VIVO

A mobilização gaúcha, com destaque para a voz da Zona Sul, chegou pessoalmente a Brasília nesta semana. Em reunião no Ministério dos Transportes (MT), lideranças voltaram o foco de reivindicações para a necessidade da retomada das obras de duplicação da BR-116 e pressionaram o Governo pela inclusão dos recursos na Lei Orçamentária Anual 2017. A prioridade apontada pelos representantes da região é a de prosseguimento dos trechos em construção para, posteriormente, ser pleiteada a cobertura financeira para a segunda ponte sobre o rio Guaíba.

O prefeito Eduardo Leite participou da reunião com o ministro dos Transportes, Maurício Quintela, na terça-feira (25/10/2016). Para ele, que está engajado na luta e, como gestor, é ciente de que ações políticas dependem de escolhas, “priorizar a ponte em detrimento da duplicação é uma ofensa para a região.”

Eduardo reconhece as dificuldades por que passa o Governo Federal. No entanto, chamou a atenção para as estatísticas, argumentando que “dezenas de pessoas morrem em colisões frontais em estradas não duplicadas. Por isso, fui contundente ao expressar minha indignação com a decisão do Ministério, apoiada pela Bancada Gaúcha, de incluir R$ 300 milhões no orçamento para a ponte e apenas R$ 50 milhões para a rodovia”. Esse valor assegura apenas mais dez quilômetros de obras do projeto de duplicação da rodovia.

No mês passado (setembro), o prefeito participou do encontro da instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Conclusão das Obras de Duplicação da BR-116, realizado em Pelotas, quando destacou que a mobilização é uma das mais importantes formas de pressão política e empresarial, para que sejam vencidos os entraves que vêm atrasando as obras na rodovia. A Frente é presidida pelo deputado estadual petista Zé Nunes e programa-se para reforçar a mobilização dos gaúchos pela inclusão de recursos no orçamento que assegurem o prosseguimento das obras no trecho Pelotas/Guaíba.

A ponte do Guaíba, de acordo com informações da concessionária Concepa, é içada de zero a quatro vezes por dia. Cada vez que o vão móvel é levantado, o trânsito sofre interrupções de, no mínimo, 20 minutos. Enquanto isso, na rodovia, o fluxo de veículos continua, configurando a exposição permanente a riscos de acidentes se a estrutura continuar precária.
9df741c8684bb66c22c6420d7fb08645